quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Sim eu sumi. Sem explicações, sem dizer ao menos "tchau". Mas vocês me entenderão, desde o Bruxo do Cosme Velho ao simples, porém não menos importante, escritor já passou por isso.

Bloqueio. Sim, um bloqueio tão forte que ao pegar a caneta para rabiscar algumas linhas, minha mão doía, minha mente não produzia nenhum verso ritmado, nenhuma frase pomposa e muito menos um texto simples. Nem textos afora me deram inspiração para escrever.

Foi muito triste. É triste para alguém que gosta de escrever, por mais que seja prosaico, trivial, como meus textos são, ficar sem ideias, motivação para tal. É tão profundo e ao mesmo tempo difícil falar sobre isso, pois só quem já se encontrou numa situação como essa, sabe.

Admito que fui tão fracassada que nem um pequeno parágrafo de satisfação por não estar aparecendo aqui, eu não consegui.


Não vou dizer que voltei com tudo. Porque sob a minha optica nunca fui tudo e nem pretendo ser. Me contentarei quando conseguir escrever simples. Aí sim, não precisarei de mais nada. Pelo menos, consegui rabiscar isso aqui..

Ah dane-se! Fui incapaz sim. Sou incapaz. Mas é essa incapacidade que leva meu barquinho adiante, navegando pelos mares distantes, como um aventureiro a procura de outros horizontes, outras vivências.
Essa incapacidade que me inquieta, que me perturba. Mas que Deus permita, eu sempre permanecer nessa incapacidade!


Fico por aqui. Termino com as palavras de Clarice.


"Escrevo por não ter nada a fazer no mundo: sobrei e não há lugar para mim na terra dos homens. Escrevo porque sou um desesperado e estou cansado, não suporto mais a rotina de me ser e se não fosse sempre a novidade que é escrever, eu me morreria simbolicamente todos os dias".


Oh incapacidade de escrever!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Meu querido Méier

Moro no Méier desde os meus três anos de idade, então já são quinze anos que passeio pela rua Dias da Cruz e adjacências. Não sei se gosto tanto desse bairro por morar nele há tantos anos ou se realmente o Méier é tão especial mesmo.

Me lembro de passear pelo Méier aos finais de semana, indo ao cinema, que nos dias atuais se encontra uma igreja evangélica, e depois ir lanchar no Bob's, que também encerrou suas atividades neste bairro, dando lugar a um banco.

Lembro-me também dos eventos que ocorriam ao longo da Dias da Cruz destinados as crianças, que contavam com peças de teatro, animadores infantis e muitas outras atividades que reuniam toda a família.

Para mim, um dos pontos negativos, foi ter acabado essas atividades que divertiam tanto os moradores. Porém,um dos pontos positivos atuais de morar aqui, é a variedade de lojas, instituições de ensino, clínicas médicas entre outros estabelecimentos comerciais.

O Méier foi e ainda é um bairro excelente de se morar, porém no momento encontra-se um pouco apagado, sem o brilho e os festejos de outrora. O que falta para que este bairro renasça, são investimentos. Principalmente no lazer e cultura que ficaram esquecidos perante a avalanche do progresso.